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Lições bíblicas

XXXIII Domingo do Tempo Comum

Como é importante o meu viver nesta terra, porque estou sempre a escrever, no computador de Deus, a história da minha vida! O Senhor pode vir quando eu não esperar, e apanhar-me desprevenido com a escrita comprometedora.

XXXIII Domingo do Tempo Comum

1.Vinda de Cristo.
Quando? Onde? Como? São perguntas que sempre se puseram os Apóstolos e os cristãos de todos os tempos. Não é simples curiosidade, mas legítimo desejo de saber. E continuamos sem saber porque nem Deus nem o Filho do Homem (Jesus) revelaram. As “Testemunhas de Jeová” vão arriscando e… adiando. As Escrituras e o próprio Jesus falam em antecedentes visíveis: atmosféricos (sol, terra…) e sociais (guerras…). Mas os mestres nas Escrituras (e nós com eles) sabem que se trata de um estilo de linguagem apocalíptica que não se deve tomar à letra. Portanto, continuamos sem resposta a estas perguntas. Mas Cristo virá e Deus continua a vir, mesmo com sinais atmosféricos e sociais. Continuamos a ter sinais de Deus ou sinais dos tempos que é preciso saber “ler”: pandemia Covid 19, guerra, seca severa… Uma alma bíblica rezaria assim: …é por causa dos nossos pecados, Senhor… É um apelo à conversão de todos e de cada um, mas não é o fim do mundo.

2.Dia do Senhor.
-Cremos e professamos que o Filho do Homem (Jesus) há-de vir para julgar os vivos e os mortos: o “Dia do Senhor” acontecerá quando menos pensarmos.
-Entretanto, é preciso estar vigilante e fazer a preparação. S. Paulo, na segunda leitura, apela ao trabalho para vencer a ociosidade e a preguiça: cada um segundo a sua idade e capacidade. Jesus quer que dêmos testemunho d’Ele, mesmo sendo entregues pelos próprios familiares.
-Etapas. O dia do Senhor é o fim do mundo, o juízo final, o fim dos tempos, a parusia; Jesus virá julgar os que estiverem vivos e os que tiverem morrido. Será a restauração final que, segundo S. Paulo, abrangerá todo o universo. O Senhor julgará com justiça (1ª leitura): não se deixará mover por influências, não fará aceção de pessoas, não fará discriminação de ninguém. O juízo de Deus sobre cada um de nós será imparcial, individual e único: seremos julgados por aquilo que fizemos (o bem e o mal) ou deixámos de fazer (o bem), ajudados ou dificultados pelos outros (filhos, cônjuges, patrões, políticos, vizinhos, amigos e inimigos, etc.). Cada um responderá somente por si e não pelos outros.

Deus é infinitamente justo e reto: não se engana nem se deixa enganar. No computador da sua infinita sabedoria está tudo arquivado e guardado: nem um cabelo cai da minha cabeça, sem Ele dar conta. Sobre cada um de nós o computador de Deus tem uma ficha própria: o Senhor Deus só apaga (delete) o mal que eu fiz quando eu me arrependo, converto e até porventura me confesso. A misericórdia de Deus está sempre ao meu dispor enquanto eu vivo. No juízo final funciona somente a justiça divina: cada um de nós receberá o “prémio” ou o castigo, para a vida eterna ou para a morte eterna.

Há uma ressalva a fazer: mesmo nesta fase, Deus não deixa de ser misericordioso e poderá dar a alguém mais do que lhe é devido por justiça; mas isto é “negócio” de Deus que eu aceito mas não sei comentar…
O Dia do Senhor tem para nós outro momento para o qual devo estar preparado: é a hora da minha morte, quando o meu corpo deixar de viver e a minha alma entrar noutro mundo, noutro estilo de vida (eterna). Segundo os ensinamentos da Igreja, apoiados na Sagrada Escritura, haverá um juízo particular que ditará a sentença para a minha vida futura. Jesus diz-me que devo estar vigilante e preparado para essa hora.

Como é importante o meu viver nesta terra, porque estou sempre a escrever, no computador de Deus, a história da minha vida! O Senhor pode vir quando eu não esperar, e apanhar-me desprevenido com a escrita comprometedora. Quero “apagar” (delete) o mal e escrever somente o bem.

Pe. Carlos Moura, CM
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